“O que queremos ensinar com o brincar, se ele já o é naturalmente pedagógico!”
Edinho Paraguassu
Vem pra rua criançada,
vem pra roda vem brincar,
a infância não demora
logo logo vai passar.
Música: Vem brincar: lúdico! – Edinho Paraguassu
Vou invadir sua praça,
enchê-la de graça
cantar e brincar.
Música: Planeta Lúdico – Edinho Paraguassu
A introdução desta música é uma homenagem aos músicos que com seus clarins/trompetes anunciam a saída dos blocos (elefante, pitombeiras, bacalhau do batata, o homem da meia noite e etc.) em Olinda, fazendo todos os foliões ficarem arrepiados. Simplesmente emocionante.
A praça é um espaço lúdico, importante nos centros urbanos; trabalhei com lazer comunitário, entre 81 e 91, nas praças públicas e clubes, em mais de uma centena de cidades do Estado de São Paulo, e algumas em outros estados brasileiros. Por volta de 86, pintou umas idéias: que legal se tivéssemos uma música para abrir os eventos, a melodia estava “frevendo” a 40º pelo Contágio do carnaval de Olinda e Recife do ano anterior (85); aí fiz uns rabiscos que ficarem guardados em meus apontamentos. Encontrei-os por acaso na semana de conclusão do projeto. Que sorte! É muita pretensão, mas reúne características de frevo-de-rua e frevo-de-bloco.
Letra:
Vou invadir sua praça
Enchê-la de graça
Cantar e brincar
Vou sacudir a cidade
Deixando saudades
No seu coração
Vou agitar essa massa
Com muita raça
Pintando o sete
A vida é uma brincadeira
Não vai dar bobeira(bis)
Tudo é ilusão
Perna-de-pau , amarelinha e pião
Basquete, vôlei, futebol é muito bom
Pintura, pipa e “pelada” no jardim
A esperança é ser criança até o fim (bis)
Este brinquedo foi “inspirado” na letra da música Olá Coleguinha, como vai coleguinha… de domínio público, e a coreografia uma adaptação de Shetland Wedding Reel, uma dança de pares das Ilhas Shetland, na Escócia que aprendi com o Prof. Eduardo Carmelo.
Letra:
Olá
Como vai
Olá
Como vai
Eu vou bem, eu vou bem
E você vai bem também
Legal, legal, legal, legal, legal, legal, legal
Legal, legal, legal, legal, legal, legal, legal
A adaptação é uma homenagem ao trem mais alegre do Brasil, que vai de Recife a Caruaru / PE no ritmo do forró pé de serra. Os vagões são verdadeiros salões de baile e os passageiros vão no “bate coxa” e “rela bucho” todo o percurso da viagem!
Sem dúvidas uma experiência inusitada.
Letra:
Piui, piui, piuiii, piuiii, pipiii
Entra no vagão que o trem já vai sair
Sacode lá, sacode cá
Lá vai o trem bem devagar
Mas se andar depressa
Tome cuidado para não “descarrilar”
Piui, piui, piuiii, piuiii, pipiii
Entra no vagão que o trem já vai sair
Esse trem é uma folia
Carregado de alegria
Vai brincando dia e noite
Vem brincando noite dia
Brinquedo cantado que aprendi com a Profª Adriane Santos Depieri quando estava ministrando um curso na FEF/ Unicamp, e adaptei para o Hap Soul.
Letra:
Uma sardinha
E um Pato
Inventaram
Uma maneira
De entrar
Em um sapato azul
Em um sapato azul
De bolinha amarelinha
E fitinha cor de rosa
Que a mamãe comprou
E o papai gostou
A vovó jogou
O lixeiro levou
E a história acabou
Brinquedo de Domínio Público, citado no livro Pedagogia do Brincar de Disalda Leite e Acúrsio Esteves, no capítulo “Brincadeiras Dramatizadas e ou Cantadas” (pg. 138).
Elaboramos uma melodia onde a cada estrofe fomos acrescentando um instrumento musical diferente e adaptei à uma coreografia da música Irish Mandala, que aprendi com Renata Ramos da Livraria Triom, focalizadora de Dança Circulares Sagradas.
Letra:
Vamos passear na floresta / Enquanto seu lobo não vem (bis refrão)
Tá pronto seu lobo / Tá pronto seu lobo
Estou tomando banho / Seu lobo não pega ninguém
Tá pronto seu lobo / Tá pronto seu lobo
Estou me enxugando / Seu lobo não pega ninguém
Vamos passear na floresta / Enquanto seu lobo não vem (bis refrão)
Tá pronto seu lobo / Tá pronto seu lobo
Estou vestindo as meias / Seu lobo não pega ninguém
Tá pronto seu lobo / Tá pronto seu lobo
Estou vestindo a cueca / Seu lobo não pega ninguém
Vamos passear na floresta / Enquanto seu lobo não vem (bis refrão)
Tá pronto seu lobo / Tá pronto seu lobo
Estou vestindo a calça / Seu lobo não pega ninguém
Tá pronto seu lobo / Tá pronto seu lobo
Estou vestindo a camisa / Seu lobo não pega ninguém
Vamos passear na floresta / Enquanto seu lobo não vem (bis refrão)
Tá pronto seu lobo / Tá pronto seu lobo
Estou calçando os sapatos /Seu lobo não pega ninguém
Tá pronto seu lobo / Tá pronto seu lobo
Estou colocando o cinto / Seu lobo não pega ninguém
Vamos passear na floresta / Enquanto seu lobo não vem (bis refrão)
Tá pronto seu lobo / Tá pronto seu lobo
Estou escovando os dentes / Seu lobo não pega ninguém
Tá pronto seu lobo / Tá pronto seu lobo
Estou penteando o cabelo / Seu lobo não pega ninguém
Vamos passear na floresta / Enquanto seu lobo não vem (bis refrão)
Tá pronto seu lobo / Tá pronto seu lobo
Estou colocando a gravata / Seu lobo não pega ninguém
Tá pronto seu lobo / Tá pronto seu lobo
Estou passando o perfume / Seu lobo não pega ninguém
Tá pronto seu lobo / Tá pronto seu lobo
Agora eu já estou pronto / Eu vou pegar alguém
A este mineiro de corpo e alma, um obrigado de coração deste “operário do lazer” Edinho Paraguassu.
Letra:
Quando era menino
Eu via a lua saindo
Pensava assim comigo:
“Um dia eu vou lá”.
De jipe ou caminhão
De barco ou de avião
Se eu não puder voar
Cresceu meu coração
Me trouxe outra emoção
E o sonho de menino
Voou, voou…
Este Brinquedo é uma homenagem a Juninho Paraguassu e fruto das observações de alguns cabritos que criei. “Os animais brincam tal como os homens”
(Johan Huizinga – Homo Ludens, Ed. Perspectiva/93, pg.3).
“As crianças e os animais brincam porque gostam de
brincar, e é precisamente em tal fato que reside sua
liberdade” ( pg.10-idem).
Letra:
Zeca Pacotinho
É muito bonitinho
Parece um cabritinho
Que não para de pular
Ele gosta de brincar
Ele gosta de dançar
Um passinho para o lado
E um abraço apertado
“Murilo, seu talento é responsável pela sua participação, e sua participação dá brilho a este modesto projeto”. Valeu!
Edinho Paraguassu
A letra deste brinquedo cantado é o registro escrito da observação da dinâmica do jogar/brincar de bilboquê; o que não significa que seja fácil encaixar a primeira vez.
No entanto superar as dificuldades iniciais torna o desafio de acertar uma nova “jogada” em uma expectativa prazerosa; como ressalta Rubem Alves “alegria de um brinquedo está, precisamente, na sua dificuldade, isto é no desafio que apresenta”. Embora a letra nos leve a uma interpretação “maliciosa”. Vale salientar que a própria natureza do bilboquê é ambígua. No Brasil este brinquedo tem o nome de Bilboquê, Biliboquê, Bibloquê, Biboquê e etc.
BILBOQUÊ = s.m. (do fr. Bilboquet, emboca – bola) jogo composto de uma bola com um buraco, unida por um cordel a um bastão, côncavo numa extremidade e pontudo na outra: a brincadeira consiste em embocar a bola no bastão.
Letra:
Vamos brincar
Vamos brincar de encaixadinha(bis)
Encaixa pra lá
Encaixa pra cá
Rebola, rebola
Até acertar (bis)
Brincar de encaixadinha
é gostoso pra daná
Quem nunca encaixou
Um dia vai encaixar
Brincar de encaixadinha
é danado de gostoso
Quem encaixou uma vez
Vai querer encaixar de novo
Vamos brincar
Vamos brincar de encaixadinha(bis)
Encaixa pra lá
Encaixa pra cá
Rebola, rebola
Até acertar (bis)
Antônio Nóbrega nos enche de orgulho com seu talento e sua singeleza
participando deste modesto projeto. O arranjo em
andamento de valsa é do virtuoso Edimilson Capelupi.
Letra:
Se essa rua fosse minha
Eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas de brilhantes
Pra Vassourinhas passar (bis)
Somos nós os Vassourinhas
Todos juntos em borbotão
Vamos varrer nossa cidade
Com cuidado e precisão.
Ao adaptar o verso onde o lobo dança para se alegrar, ele que sempre está no papel de vilão, de mau, de zangado é mostrar o quão gostoso é brincar e dançar, que até o lobo não resistiu e teve uma recaída.
Brinquedo de melodia gostosa e movimentação lúdica que traz o humor, característica deste professor que é Bahia até no nome.
Letra:
O macaco comprou uma sanfona
E na floresta começou a tocar (bis)
A cobra entrou na dança
E foi dançando até se enrola (bis)
Enrola, enrola, enrola, enrola
Enrola, enrola até parar (bis)
O macaco…
A girafa entrou na dança
E foi dançando até se esticar (bis)
Estica, estica, estica, estica
Estica, estica até parar (bis)
O macaco…
O elefante entrou na dança
E foi dançando pra se balançar (bis)
Balança, balança, balança, balança
Balança, balança até parar (bis)
O macaco…
O lobo entrou na dança
E foi dançando pra se alegrar (bis)
Alegra, alegra, alegra, alegra
Alegra, alegra até parar (bis)
Vamos dançar a dança da floresta
Que aprendemos com os animais (bis)
Enrola, enrola, estica, estica
Balança, balança pra se alegrar (bis)
CARROCINHA PEGOU TREIS CACHORRINHOS
Recolhido na Esc. 8 – 2 << Estácio de Sá >> em 27/11/53 por Mª Augusta Jopperte e Oscarlita F. Lima (Música na Escola Primária, MEC 1962) Verso original, tarará.
A carrocinha pegou
Treis cachorrinhos de uma vez
A carrocinha pegou
Treis cachorrinhos de uma vez
Tralalá que gente é essa
Tralalá que gente má
Tralalá que gente é essa
Tralalá que gente má
PICA-PAU (Domínio Público)
Meu filho Juninho aos dois anos chegou cantando esta música, que aprendeu no pré do pré.
Pica – pau, pica – pau
É um passarinho
Tic – tac, tic – tac
Faz o reloginho
MÃO NA ORELHA
Aprendi com o Prof. Raulito Guerra no XI Enarel / Foz do Iguaçu
Põe a mão na orelha, tum tum tum
Puxa o cabelinho, inho inho inho
Torce o narizinho
Dá uma olhadinha
E joga três beijinhos
Smack smack smack
SABIÁ (Domínio Público)
Também aprendi com o Juninho
Sabiá lá na gaiola
Fez um buraquinho
Voou, voou, voou, voou
E menina que gostava
Tanto do bichinho
Chorou, chorou, chorou, chorou
Está música é um mantra que faz parte do movimento de dança da Paz Universal.
Valeu Renata Ramos, grande incentivadora.
Letra:
Shri Ram
Jay ram
Jay jay
Ram Mom
Shri Ram
Jay ram
Jay jay
Ram Mom
Trava – língua é uma parlenda ou fórmula verbal desprovida
de sentido lógico e que serve, conforme observou o folclo-
rista Luiz Câmara Cascudo (1898 – 1986), para memorizar
e praticar estruturas lingüísticas como a rima
(folhinha – 16.04.2000 – pg.04).
Letra:
Dá um tapa na peteca / Não deixa ela cair
Isso é o jogo ou brincadeira / Do tempo dos guaranis (refrão)
(trava-língua: filme Central do Brasil)
Lá atrás de minha casa/ Tem um pé de umbu butano
Umbu verde, umbu maduro / Umbu seco, umbu secando
Dá um tapa na peteca…
(adivinha, o que é, o que é – Domínio Público)
Menina minha menina / Vamos fazer o que Deus mandou
Ajuntar pelo com pelo / Debaixo do cobertor
Dá um tapa na peteca…
(Desafio – pedagogia do brincar – pg. 174)
Você diz que sabe tudo / Vaga-lume sabe mais
Vaga-lume acende a bunda / Coisa que você não faz
Dá um tapa na peteca / Não deixa ela cair
Isso é o jogo ou brincadeira / Do tempo dos guaranis
Petecar é muito bom / Petecar é bom demais
No Brasil quem mais peteca/ É o Estado das Gerais.
Dá um tapa na peteca…
Se a aranha arranha a rã / Se a rã arranha a aranha
Como a aranha arranha a rã / Como a rã arranha a aranha
Dá um tapa na peteca…
Lagartixa, larga a fia / Larga a fia lagartixa
Larga a fia lagartixa / Lagartixa, larga a fia
Dá um tapa na peteca…
O sapo dentro do saco / O saco com o sapo dentro
O sapo batendo papo / E o papo soltando vento
Dá um tapa na peteca…
Petecar é muito bom / Petecar é bom demais
No Brasil quem mais peteca / É o Estado das Gerais.
Esta música aprendi com um grande amigo, o Prof. Derci Alves Pinto do Banespa
Letra:
Laranja com laranja
Deixa o suco amarelo
Laranja com laranja
Deixa o suco amarelo
Troca o par
E deixa o par
Meu amor aqui cá quero
Trocar o par
E deixar o par
Meu amor aqui cá quero
Meu amor aqui cá quero
Meu amor eu cá queria
Meu amor aqui cá quero
Meu amor eu cá queria
Não me sai do pensamento
Nem de noite nem de dia
Não me sai do pensamento
Nem de noite nem de dia
Aprendi esta música e muitas outras com o grande amigo Prof. Vinicius Cavallari. Citado no livro Pedagogia do Brincar de Dizelda Leite e Acúrsio Esteves (pg. 154).
Piaba espécie de peixe de rio, no nordeste conhecido como lambari (Dicionário Tupi/Português)
Letra:
Sai, sai, sai o Piaba
Saia da lagoa
Sai, sai, sai o Piaba
Saia da lagoa
Põe uma mão na cabeça
E a outra na cintura
Dá um remelexo no corpo
E dá uma “Umbigada” no outro.
Dança rural de Minas Gerais, que aprendi com a Profª Cristina Bonetti da disciplina de folclore da ESEFEGO/Goiânia, que refere ter aprendido em 86 com o Prof. Barbosinha da UFMG.
Letra:
I (Coro)
Ai, mineirinha,
Mineirinha meu amor(bis)
Nas ondas dos seus cabelos
Corre água e nasce flor(bis)
II (Diálogo)
Aí, eu queria…
O que é que ocê queria(bis)
Uaí! Cumê coalhada
Queijo fresco e requeijão (bis)
Mario de Andrade (1893/1945), registra esta música Brasileira, em convênio com INL/MEC, 1972, 3ª edição , como coco do Rio Grande do Norte, onde cita uma estrofe na versão paraibana. Neste projeto, duplicamos o estribilho e o adaptamos também entre a 1ª e 2ª estrofe, com o objetivo de facilitar e valorizar as estruturas coreográficas na hora de dançar e o arranjo seguiu a proposta da melodia original da dança. Aprendi com a Prof.ª Cristina Boneti da ESEFEGO.
Letra:
Engenho novo, engenho novo
Engenho novo bota a roda pra rodar
Engenho novo, engenho novo(estribilho / bis)
Engenho novo bota a roda pra rodar
Eu dei um pulo
Dei dois pulos
Dei três pulos
Desta vez pulei o muro
Quase morro de pular (1. estrofe / bis)
Engenho novo, engenho novo
Engenho novo bota a roda pra rodar
Engenho novo, engenho novo(estribilho / bis)
Engenho novo bota a roda pra rodar
Capim de planta
Xique, xique, mela, mela(2. estrofe / bis, versão paraibana)
Eu passei lá na capela
Vi dois padres no altar
Engenho novo, engenho novo
Engenho novo bota a roda pra rodar
Engenho novo, engenho novo(estribilho / bis)
Engenho novo bota a roda pra rodar
Esta é a primeira música que tenho consciência de ter aprendido. Era 1963, eu tinha 7 anos. Esta música está citada no capítulo Cantar e Gesticular do livro Atividades Ritmadas para crianças de Mari Gandara (Edição do Autor/85 pg 65).
Letra:
Venha cá meu balãozinho
Diga onde você vai …
Vou fugindo, vou pra longe
Vou pra casa de meu pai.
Ah, ah, ah, mais que tolice!
Nunca vi balão ter pai
Fique quieto neste canto,
Que daqui você não sai.
Quando a noite for chegando
Onde irá você descer
Se cair em nossas matas
O que vai acontecer?
Todas matas pegam fogo
Passarinhos vão morrer
E os rios vão secando
E não podem mais correr
Eu já estou aborrecido
Quando um mal faz um balão
Vou ficar bem quietinho
Amarrado num cordão
Araruna – m.q. Araraúna-var de arara preta espargida de verde.
Esta música tem uma curiosidade, ela é citada em livros diferentes, com versos semelhantes, onde um dá como origem no Rio Grande do Sul (RS) e no outro a Paraíba (PB), o que deve fazer parte do fenômeno dos paralelos culturais ou universais da cultura.
Letra:
Eu tenho um pássaro preto, araruna
Que veio lá de Natal, araruna
Eu tenho um pássaro preto, araruna
Que veio lá de Natal, araruna
Xô xô xô araruna
Xô xô xô araruna
Xô xô xô araruna
Não deixa ninguém te pegá
Araruna!
Esta música é um convite para expressar os brinquedos citados, isto é, o corpo representa o movimento sentido em relação ao brinquedo.
Letra:
Brincar, brincar, brincar
Brincar é divertido
Brincar, brincar, brincar
Brincar é colorido
Vamos brincar de roda
De roda, roda pião
Vamos brincar de bola
De bola que eu dô a mão
Brincar, brincar, brincar
Brincar é divertido
Brincar, brincar, brincar
Brincar é colorido
Vamos brincar de rela
De rela que rela a mão
Vamos brincar de pega
De pega seu coração
Brincar, brincar, brincar
Brincar é divertido
Brincar, brincar, brincar
Brincar é colorido
Brincar de pique lata
E brincar de diabolô
Brincar de passa-lenço
E brincar de iô-iô
Está boa a brincadeira
Vamos então continuar
Cumprimenta, dá um abraço
E vamos trocar de par
“Mais importante que os adultos sejam pessoas que saibam jogar (Leif & Brunelle, 1978 e Ferran, Mariet & Porcher, 1979), é fundamental que se recupere o lúdico no universo adulto, tarefa muito mais difícil do que recuperá-lo junto às crianças”. (ANDRADE, 1994, p. 97.)
Letra:
Vem pra rua criançada
Vem pra roda vem brincar
A infância não demora
Logo, logo vai passar
Brincando também se aprende
Se aprende sem brincar
Mas brincando é mais gostoso
E mais fácil de guardar
Vem pra rua criançada
Vem pra roda vem brincar
A infância não demora
Logo, logo vai passar
Pra criança o brincar
É sua razão de ser
O adulto que não brinca
Já não sabe mais viver
Vem pra rua criançada
Vem pra roda vem brincar
A infância não demora
Logo, logo vai passar
O brincar é liberdade
Dá asas pra fantasia
E com criatividade
Enche a vida de alegria
A música VEM BRINCAR: Lúdico, é uma homenagem a todos que tentam a sua maneira, tornar a própria vida e a dos demais no seu entorno um pouco mais humana, alegre e divertida: os profissionais da área da recreação/lazer que atuam no turismo/hotelaria, clubes, parques, terceira idade, etc., pois trabalham enquanto os outros se divertem, e também com muito carinho aos nossos mestres e principalmente os professores e professoras de Educação Infantil e Ensino Fundamental que se desdobram para tornar as suas aulas mais dinâmicas e lúdicas oportunizando o aprender brincando.
As referências abaixo são contribuições para uma melhor compreensão do brincar e do lúdico:
“O termo ‘lúdico’ abrange os dois (brincar e jogar): a atividade individual e livre e a coletiva e regrada. O que chama a atenção, quando pedimos as profissionais de educação infantil sinônimos para ele, é a tendência a oferecer ‘prazeroso’ e nunca ‘livre’. ‘Ludicamente’ é visto como prazerosamente, alegremente, e não ‘livremente’. ‘Isto, que considero uma distorção de conseqüências infelizes, consiste em perceber o efeito e não a sua causa: ‘o prazer é resultado do caráter livre, gratuito, e pode associar-se a qualquer atividade; inversamente, a imposição pode retirar o prazer também a qualquer uma.” (DANTAS. 2002, p. 111 e 112.).
“Na perspectiva das crianças, não se joga ou brinca para ficar mais inteligente, para ser bem-sucedido quando adulto ou para aprender uma matéria escolar. Joga-se e brinca-se porque isso é divertido, desafiador, promove disputas com os colegas, possibilita estar juntos em um contexto que faz sentido, mesmo que às vezes frustrante e sofrido, por exemplo, quando se perde uma partida ou não se consegue uma certa realização.” (MACEDO, 2005, p. 17.).
“Quando perde sua dimensão lúdica, sufocada por um uso didático que a restringe a seu papel técnico, a brincadeira esvazia-se: a criança explora rapidamente o material, esgotando-o. Isso se dá quando, em vez de aprender brincando, a criança é levada a usar o brinquedo para aprender”. (FONTANA & CRUZ, 1997, p. 139.).
“APROVEITE CADA MINUTO, PORQUE O TEMPO NÃO VOLTA O QUE VOLTA É A VONTADE DE VOLTAR NO TEMPO!” (Autor desconhecido)
Se compararmos a velocidade do desenvolvimento tecnológico em que vivemos no século XXI aos conteúdos da cultura popular reunidos no CD BRINCAR: Literatura Oral, a sensação é que é um despropósito. Mas como “… um menino que carregava água na peneira” (BARROS, 1999, p. 6.), sou “… ligado em despropósitos.” (Idem, 1999, p. 10.). Se dêem a oportunidade de saborear a poesia de Manoel de Barros em sua esfuziante e silenciosa obra: Exercício de Ser Criança. Simplesmente divina! Apenas para aguçar a curiosidade se deleite nesses versos:
(..) “O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.
Foi capaz de interromper o vôo de um pássaro botando ponto final na frase.”
(BARROS, 1999, p. 18 e 19.)
Para Rubem Alves “‘Poesia é um brinquedo que se faz com as palavras’ e que ‘a Alma é entidade multiforme, calidoscópica, que aparece também sob a forma de Brinquedo’. Pois tanto o Brinquedo quanto a Poesia se constroem a partir do poder mágico dos símbolos. ‘O poeta brinca com as palavras: poema é um texto. Mas, no Brinquedo, o poema é o próprio corpo’”. (In MARCELLINO, 1990, p. 14 e 15.). Silvino Santin em sua obra Educação Física: Da Alegria do Lúdico a Opressão do Rendimento, no capítulo Os mestres do lúdico, enfatizava: “Acredito não cometer nenhum crime, nem cair em nenhuma heresia, se afirmar que os grandes mestres do brinquedo são as crianças” (SANTIN, 2001, 3. ed. ampliada, p. 27.). Para o poeta Pedro Bandeira “toda vez que um assunto é sério mesmo, o jeito é pensar nele através da poesia. Através da poesia, a gente consegue dizer melhor o que sente, o que sonha e o que nos incomoda. A poesia é uma maneira gostosa de tirar o retrato da alma” (BANDEIRA, 1995, p. 63.). Rabiscar a música/brinquedo VEM BRINCAR: LÚDICO, foi tirar uma foto dos devaneios intrínsecos que me encontrava por entender o quão sério é o brincar e o brinquedo. Se tiverem a sensação que a letra da música Vem Brincar pode ser uma poesia, então para mim a poesia seria o brinquedo da alma, pois sonho que, como disse Platão: “A vida deve ser vivida como uma brincadeira”. (…) “Se você brincar, estará aprendendo e vivendo”. (VON OECH, 1988, p. 110.). Inquieto-me ao constatar que, para a maioria dos adultos o brincar continua sendo fútil e supérfluo, mesmo no universo infantil, pois não conseguem perceber a importância do brincar e do lúdico no desenvolvimento humano.
Por favor, nem de longe tive ou tenho a pretensão de que o que escrevi seja uma poesia, é apenas uma maneira de expressar minhas percepções confrontando as leituras de diversos autores versando sobre o brincar e o lúdico e experiências vividas como brincador nas andanças pelo maravilhoso Brasil.
Introdução: Leandro Andrade
Letra:
Refrão:
Saci-pererê, saci-pererê / Saci-pererê, cadê você!
Saci-pererê / É misterioso / Vive no mato / Feliz e fogoso
Negrinho esperto / De noite e dia / Nas fazendas e sítios / Faz estripulias
Refrão
Saci-pererê / No rodamoinho / Pito aceso / Chapéu vermelhinho
Se perde o barrete / Fica apavorado / Choraminga implora / Obedece calado
Refrão
Saci-pererê / De uma perna só / Corre pulando / Lá pros cafundó
É filho do vento / Com seu assobio / E da assombração / Que causa arrepio
Refrão
Saci-pererê / Pra te dominar / É no pé-de-vento / Peneira lançar
Saci-pererê / Eu não tenho medo / É bom amiguinho / Me contou seu segredo!
Refrão:
Saci-pererê, cadê você / Saci-pererê, cadê você
Saci-pererê, cadê você / Saci-pererê, estou aqui!
–
No livro Literatura Folclórica, Américo Pellegrini Filho, 2ª ed s/d. Manole, p. 49 e 50. [1ª ed. 2000], tem a poesia a seguir, que inspirou a fazer o brinquedo cantado acima relatando um pouco dessa lenda, que é uma das mais antigas e lindas da cultura brasileira.
Saci-Pererê / Da cor do carvão,
Saci-Pererê / É lá do sertão.
Saci usa pito, / Barrete encarnado,
Faz arte, dá grito, / Saci é levado!
Se perde o pretinho / Seu lindo barrete,*
É bom amiguinho, / Não é diabrete.
* “…barrete corresponde ao píleo, usado na Roma antiga pelos escravos libertos, como símbolo de sua emancipação; e é irmão do barrete frígido usado pelos franceses após a Queda da Bastilha, em 1789, simbolizando as recém-conquistadas liberdades democráticas. Mas o Saci não veio da Europa; deve ter surgido no Brasil, talvez no Sul-Sudeste, por volta do final do século XVIII, uma vez que não consta nenhuma citação a seu respeito em escritos de sacerdotes, cronistas e viajantes dos dois primeiros séculos.” (PELLEGRINI FILHO, 2ª ed. s/d [1ª ed. 2000], p. 50.).
Brinquedo é qualquer desafio que a gente aceita pelo simples prazer do desafio – sem nenhuma utilidade. (ALVES, 1997, p. 122.).
Letra:
Refrão:
Você que é um sabichão / Advinha então
O que é o que é o que é o que é?
1 – O que é o que é?
Estou preso para prender / A quem me vier pegar
Sou torto por natureza / Não me posso endireitar
(neves, 1978, p. 26.)
2 – O que é o que é?
Entre tábuas e tabuinhas / Tem uma moça sentada
Quer chova, quer faça sol / Ela sempre esta molhada
(neves, 1978, p. 26.)
3 – O que é o que é?
Capinha sobre campinha / Capinha do mesmo pano
Se tu não adivinha agora / Não acertas nem pro ano
(pellegrine filho, 1ª ed. 1986, p. 35.)
4. O que é o que é?
Quatro na lama / Quatro na cama
Dois que furam / E um que abana
(pellegrine filho, 1ª ed. 1986, p. 11.)
5 – O que é o que é?
Sabia, mas, não dizia / Genipapo no mourão
Puxe (então) pela memória / Diga esta adivinhação
(gurgel, 2008, p. 55.)
6 – O que é o que é?
Na água nasci / Na água cresci
Colocado na água / Desapareci
(frade, 1979, p. 25.)
7. O que é o que é?
Tenho rabo, não sou cão, / Sem asas eu sei voar
Se me largam, eu não subo / Saio ao vento pra brincar
(soffiati netto, 1978, p. 7.)
“Há várias interpretações para a origem da palavra ciranda, mas segundo o Padre Jaime Diniz, um dos pioneiros a estudarem o assunto, vem do vocábulo espanhol zaranda, que significa instrumento de peneirar farinha e que seria uma evolução da palavra árabe çarand.” – (Link pesquisa escolar: Fundação Joaquim Nabuto – Ciranda, acessado por Edinho Paraguassu, dia 30/04/2008, às 00h38min).
Obs.: Checar a Revista Arrecifes ou livro Cirandas que tem a referência acima.
Letra:
Ciranda é pra cirandar
Nessa ciranda
Eu vou brincar
Ciranda veio
Lá de portugal
Declame um verso original
Essa ciranda
Gostosa como umbu
É do brincador
Edinho paraguassu
(Após o último verso, retorna ao primeiro e ao segundo e no terceiro o grupo vai criar/improvisar/acrescentar novos versos).
Duas lendas, uma história: A letra da música aborda temas relacionados às duas lendas e a aspectos históricos comprovados por bibliografias, além de personagens e atrativos turísticos que contribuíram para transformar Porto de Galinhas num dos maiores destinos turísticos do Brasil.
Letra:
O mar calmo é verde esmeralda / E o céu azul anil
Tem um povo hospitaleiro / Muito amável e gentil
Duas lendas, uma história
Que lugaré esse? / Porto de Galinhas, Ipojuca, Pernambuco, Brasil
Refrão:
Porto de Galinhas como gosto de você
Porto de Galinhas não consigo te esquecer
Porto de Galinhas de encantos mil
És a enseada mais charmosa do Brasil
Habitada pelos caetés / No descobrimento do Brasil
Foi chamada de “Porto Rico” / Devido à extração do Pau-brasil
Chegaram as galinhas de Angola! / Era a senha pra anunciar
O contrabando de escravos / Em “Porto Rico” a desembarcar
Refrão
Tem Filomena a mais famosa / Galinha que um ovo nunca botou
Foi a Adriana do Beijupirá / Que em seu cardápio batizou
E com sua genialidade / Esculpiu mestre Carcará
A galinha no coqueiro / Que virou símbolo do lugar
Refrão
E quando baixa a maré / As jangadas vão pro mar
Desembarcando muitos turistas / Nas piscinas naturais
No portal de Maracaípe / Um bugue vai te levar
Pra ver cavalos marinhos / Nas raízes dos manguezais
Conheci Porto de Galinhas em fevereiro de 1986, o encanto pelo lugar fez com que retornasse pelo menos mais de uma dezena de vezes, quer seja para ministrar algum curso a convite da Cia do Lazer, dos pioneiros Prof. Pedro Ivo e Profª. Rose Jarocki, quer seja para o simples deleite de desfrutar de suas belezas naturais e da hospitalidade de seu povo. Ao partir de Porto sempre saia cantarolando Porto de Galinhas como gosto de você, Porto de Galinhas não consigo te esquecer…., mas não imaginava um dia prestar uma homenagem a essa enseada encantadora. Também sempre perguntava aos guias e moradores que por lá encontrava qual o significado do nome Porto de Galinhas, e as respostas sempre se referiam à versão que segue abaixo encontradas em três sites.
“No século XV, em plena descoberta do Brasil, o lugar era habitado pelos índios Caetés, onde predominou o tráfico do pau-brasil. Daí em diante, até o final do século XVI, o lugar foi abandonado porque os índios não deixavam sair madeira nem açúcar do lugar, mas retornou no século XVIII com o desembarque clandestino de escravos. Antigamente, Porto de Galinhas era chamada Porto Rico, devido à extração de Pau Brasil. Quando os escravos chegavam para serem vendidos, contrabandeados, vinham escondidos embaixo de engradados de galinhas d’angola. A chegada dos escravos na beira mar era anunciada pela senha “Tem galinha nova no Porto!”. Por causa disso, Porto Rico ficou conhecida como Porto das ‘galinhas’. Daí surgiu o nome Porto de Galinhas”.
Link: Porto de Galinhas Portal – 27k, Acesso em 04/06/2008, por Edinho Paraguassu, ás 15h11min.
“Pode parecer estranho, mas a história de Porto de Galinhas não tem nada a ver com a vida pregressa das aves. Era em Porto de Galinhas que muitos dos navios negreiros desembarcavam sua “mercadoria”. A senha para que os senhores viessem ao cais escolher seus escravos era “Tem galinha nova no porto”. Assim a vila acabou sendo chamada de Porto de Galinhas”.
Link: Happy Day Turismo – Porto de Galinhas – 18k – Acesso em 04/06/2008, por Edinho Paraguassu, às 15h09min.
“A história conta que a partir de 1850, começaram a chegar naquela praia navios trazendo em seus porões escravos contrabandeados da África e encobertos por engradados de galinhas D’angola. Logo foi criado uma senha para divulgar a chegada da carga ilegal: “Tem galinha nova no Porto”. Por causa deste fato, o local ficou conhecido como Porto de Galinhas”.
Link: Luar das Marés – 13k, Acesso em 04/06/2008, por Edinho Paraguassu, 15h07min.
Os relatos acima, segundo o livro A INVENÇÃO DE PORTO DE GALINHAS, História, Empreendedorismo e Turismo, (MENDONÇA, 2004, p. 11.) não procedem a não ser pelo imaginário. Como observa a reflexão de Rosane Almeida em Aldeodata: “Em busca de respostas, fui descobrindo uma história muito bonita. Se for certo que não existem verdades e sim versões, a versão que eu conheci é ‘A mais bela história do homem’”. (ALMEIDA, 2006, p. 12.). Portanto as versões que conheci são lindas versões sobre Porto de Galinhas.
Encantado com o que via e ouvia, resolvi prestar uma singela homenagem a Porto de Galinhas, através de uma “música” que retratava as minhas observações e percepções em relação a Porto, mas senti a necessidade de aprofundar a busca pelas informações para não sair falando coisas sem conhecimento de causa. Eis que em novembro 2007 consegui passar uma tarde em Porto de Galinhas perambulando atrás de dados que pudessem consubstanciar o que dizia a letra da música. Ao degustar um suco de cajá no La Crêperie, restaurante que serve mais de 40 sabores de crepe entre doces e salgados, perguntei a um dos funcionários se ele sabia onde eu poderia conseguir informações da origem de Porto. Com toda a hospitalidade peculiar do lugar, o cidadão que fazia o atendimento informou que eles tinham um exemplar de livro lançado há pouco tempo (2004) falando de Porto. Imediatamente perguntei se ele me venderia aquele exemplar, o que após algumas consultas ele disse que sim. Não hesitei, adquiri o exemplar que me serviu sobre maneira para dirimir as dúvidas e saciar minhas curiosidades que aqui compartilho com quem se arriscar a ler esses remendos.
Como relata o livro, “A tradição oral corrente a respeito do nome da praia (Porto de Galinhas) registra duas estórias, precisamente duas lendas sobre o nome do lugar. A primeira dá conta de uma invenção de que Porto teria, em algum momento, sido denominada de Porto Rico devido provavelmente à pujança da economia açucareira dos séculos XVII e XVIII e a segunda, muito em voga, alega que Porto, após a abolição da escravatura, teria continuado a ser desova de escravos clandestinos que viriam embarcados em barcaças de galinhas proveniente da Angola e aqui seriam vendidos no contrabando. Ao chegarem tais embarcações, a senha para se comprar os escravos seria expressão: Chegaram as galinhas de Angola!
Tais versões não encontram, todavia, ressonância nas investigações e pesquisas textuais, cartográficas, documentais e orais que empreendemos.
A vida em sociedade pede identidade e identidade pede um passado, o qual, quando não é encontrado, é criado e inventado fruto do sonho ou da imaginação. Daí porque respeitamos as duas versões, mas não podemos mais dar seguimento a elas por serem divergentes dos achados.
Reinventada pela vocação mercantilística ibérica, o outrora simples porto natural, vizinho à foz do rio Maracaípe, recebe a denominação de Porto de Galinhas, homenageando dessa maneira os centenas de milhares de negros que da África central vieram labutar por essas terras. Ao nomear a localidade de galinhas, o gênio português revela sua vocação conciliadora: ao escravo que o serviu, ele homenageia com a denominação da localidade, acariciando aquele que antes marcara com ferro de fogo, fogo de escravo”. (MENDONÇA, 2004, p. 11, 12, 13).
“O notável Arthur Ramos, em seu trabalho “Introdução à Antropologia Brasileira”, obra clássica sobre temas relacionados à influência cultural dos negros africanos no Brasil, escreveu: “ um problema consiste no nome dos negros Galinhas, pelo qual era conhecido na Bahia um grupo bem numeroso de negros em fins do século XIX”. (Idem, 2004, p. 25).
Esse conteúdo é apenas um pequeno retalho extraído do livro A invenção de Porto de Galinhas, História, Empreendedorismo e Turismo. Organização: Luiz Carvalheira de Mendonça. Recife: Persona, 2004, p. 11, 12, 13 e 25.
“Aprendiz permanente é o curioso permanente, movido pelo prazer da descoberta e a coragem de descartar antigas fórmulas.” (Gilberto Dimenstein, 1997, p. 20).
No Brasil, existem muitas variações desta brincadeira também considerada uma parlenda.
Letra:
Corre cotia na casa da tia
Corre cipó na casa da vó (bis)
lencinho na mão
Caiu no chão
Moça bonita
Do meu coração
Posso jogar? Pode!
Ninguém vai olhar? Não!
1, 2, 3
–
CORRE COTIA – OUTRAS VERSÕES
Re: Edinho Paraguassu
De: sergio pereira de matos (serpma@ig.com.br)
Enviada: domingo, 4 de outubro de 2009 19:44:04
Para: Edson Vitor (edinhoparaguassu@hotmail.com)
Olá Edinho tudo bem?
Aqui vai a letra:
Versão recolhida com o prof. Sergio Pereira de Matos em Jundiaí (28/09/2009)
Corre cotia na casa da tia
Corre cipó na casa da vó
Lencinho branco caiu no chão
Moça bonita do meu coração
Galo que canta corococó
Chupa cana com um dente só
É um, é dois, é três…
Posso jogar?
Ninguém vai olhar?
Então fechem os olhos
Abraço e, vou tentar falar com a Thalita para te enviar a letra dela também.
A referência a seguir tem semelhanças na dinâmica e na letra da brincadeira.
Brincadeiras:
a) Lacuxia:
Corre, corre lacuxia
Quer de noite
Quer de dia
Quer no pinto “da mei-dia.
Um dos meninos vai cantando com um chicote na mão, em torno do grupo sentado no chão, em forma de círculo. Cada um deve ficar atento, porque se o chicote foi colocado atrás de si e ele não notou, recebe uma pequena surra, enquanto tem que contornar toda a roda e sentar-se no mesmo lugar onde estava”. (OLIVEIRA, 1977, p. 44).
A versão abaixo foi recolhida parcialmente em 28/09/2009 com a professora Talita Fernanda Camargo Antônio, em Jundiaí/SP que ficou de enviar a letra completa a posteriori, e o fez conforme podemos observar no email abaixo. No curso que lá fui ministrar ela fez referência a esta versão que eu desconhecia totalmente, e olha que nas andanças pelo Brasil sempre campeio por informações sobre Corre Cotia.
Talita, obrigado por ter enviado essa versão, com certeza enriquece o trabalho.
From: talitinha_camargo@hotmail.com
To: edinhoparaguassu@hotmail.com
Subject: RE: Edinho Paraguassu
Date: Mon, 16 Aug 2010 23:11:27 +0000
Olá!! Aqui tudo ótimo também!!
A versão que conheço e que sempre brinquei é a seguinte:
Corre Cotia
Ovo choco está rachado
Quem rachou?
Foi a galinha!
Corre Cotia
Avisa a tia
Corre Cipó
Avisa a vó
Lencinho branco caiu no chão
Moça bonita do meu coração
Posso por?
Pooooooooode!!
Mas não demora
Antes que o ovo “estora”
Na panela de amora
Abraço!! Profa. Talita Fernanda Camargo Antonio (Jundiaí/SP)
Mais uma versão recolhida no dia 22/03/2012 com a Profa. Vera Galvão no SIEEESP:
Corre Cotia
Corre cutia de noite e de dia
Debaixo da cama da sua tia
Corre cipó, na casa da vó
Lá tem um cachorrinho chamado Totó
Ele é bonitinho de um lado só
É um, é dois, é três…acabou a sua vez
Letra:
A nossa turma é divertida
Divertida ela é
Eu sou palhaço
Vocês também,
Vamos todos bagunçar
“No ENAF a galera parava na frente da porta do ginásio para assistir nos intervalos as apresentações do Body Pump! Ao entrar para dar o meu módulo, passei pela galera e fui falando: ‘vamos galera, farei igualzinho lá dentro’ brincando com a minha super habilidade…k.k.kk.k. Próximo de terminar a aula, os alunos me cobraram a ‘divida’ e na hora me veio um insight de cantar o cão e o cozinheiro e automaticamente chamei de dog pump”. Luiz Aurélio Chalian (Chan). Essa é uma homenagem a esse amigo e baita profissional.
Letra:
O cão entrou pela cozinha
E um prato ele quebrou
O cozinheiro viu
E o cão ele tocou
Vieram as crianças
E defenderam o cão
Na sua casinha tinha
A seguinte inscrição
Aqui mora um cão
De grande estimação
Ele é nosso amigo
Ele é um guardião
Au, au, au, au, au, au, au, au
Au, au, au, au, au, au, au, au
O cão, o cão, o cão o cão o cão
O cão, o cão, o cão o cão o cão
O cão entrou pela cozinha
E um prato ele quebrou
Tupiiichi, tupiiichi, tupichi tupichi tupichi
Tupiiichi, tupiiichi, tupichi tupichi tupichi
O cozinheiro viu e o cão ele tocou
Tocou, tocou, tocou, tocou, tocou
Tocou, tocou, tocou, tocou, tocou
Vieram as crianças e defenderam o cão
O cão, o cão, o cão, o cão, o cão
O cão, o cão, o cão, o cão, o cão
Na sua casinha tinha a seguinte inscrição
Aqui mora um cão
De grande estimação
Ele é nosso amigo
Ele é um guardião
Au, au, au, au, au, au, au, au
Au, au, au, au, au, au, au, au
Numas das edições do ENAF, teve um curso com o título de Maratona da Recreação com aproximadamente 650 participantes, onde todos os professores que estavam ministrando cursos relacionados à área, foram convidados a dar uma aula Magna. Fiz um aula somente de rodas e brincadeiras cantadas onde todos os participantes desfrutaram intensamente, e ao professor Vinícius Ricardo Cavallari (Vini) foi o próximo e começou no embalo com essa música. Essa é minha homenagem ao Vini, com quem aprendi muitas rodas cantadas.
Introdução: Felipe Nakabara
Assobio: Edinho Paraguassu
Letra:
Olhando sem cessar
O mundo que esta lá
Um grande animal
De bicicleta vai
É o elefantão
Que pensa e ele têm
Uma trombona para frente
E um rabinho para trás
Participações Especiais:
Introdução: Edson Junior (Juninho)
Guitarra: Vitor Ferri
Letra:
Tomatinho vermelho
Pela estrada rolou
Um grande caminhão veio
E o tomatinho esmagou
Plift, ploft
Coitado do tomatinho
Que pena do tomatinho
Tomatinho vermelhooooooooooooo!
Catchup virou, catchup virou
Catchup virou, catchup virou
Aprendi esse brinquedo cantado com o Prof. Luciano Nardelli, e fiz adaptações para Dança Circular Recreativa e para atividade de integração, apenas com o intuito de exemplificar como também é legal transformar algo que já está cristalizado em nossas práticas.
Letra:
A ram psam psam
A ram psam psam
Guli, guli, guli, guli
A ram psam psam
A ram psam psam
A ram psam psam
Guli, guli, guli, guli
A ram psam psam
Aueeee, aueeee
Guli, guli, guli guli
A ram psam psam
Aueeee , aueeee
Guli, guli, guli guli
A ram psam psam
–
Trocas de mensagens pelo facebook dia 01 de outubro de 2012:
“Oi Edinho, essa musica me foi apresentada em 1983 por um enviado de Israel, que ficou por três anos atuando no Chile. Mas também conheci com o Juan Carlos Cutrera (Buenos Aires-Argentina). O aram sam sam não tem nenhum significado de letra. É o sonoro mesmo.
Um forte abraço.”
Luciano Nardeli
Obs.: Nessas mensagens descobri que originariamente chegou ao Brasil como aram sam sam, tem gente que a conhece como a ratata, a ratata e eu acabei de gravando como a ram psam psam, rs rs.
Aprendi essa música com a professora Elaine Silva Lacerda, que se refere ter aprendido com sua mãe e também num acampamento da Igreja Batista em Sumaré no carnaval de 1989.
Participação Especial da Profa. Elaine Silva Lacerda
Letra:
Morena, me dê sua mão
Gosto muito de você
Chega bem juntinho a mim
Que não vai se arrepender
Pode ser que sim,
Pode ser que não,
Eu te darei meu coração
Participação especial profa. Eneida braga e China na batera
Letra:
Minha gente venha ver / Mineiro-pau, mineiro-pau
Coisa que nunca se viu / Mineiro-pau, mineiro-pau
Minha gata pôs um ovo / Mineiro-pau, mineiro-pau
Minha galinha pariu / Mineiro-pau, mineiro-pau
(Recolhido em manaus com d. Eneida)
No sobrado tem tranceira / Mineiro-pau, mineiro-pau
Que faz corda e patuá / Mineiro-pau, mineiro-pau,
Faz buanga e faz esteira / Mineiro-pau, mineiro-pau
Faz surrão pro ceará / Mineiro-pau, mineiro-pau
(Site portal do sertão)
Obs.: Esse verso originalmente é cantado como manêro-pau
Eu peguei na perna da véia / Mineiro-pau, mineiro-pau
Pensando que era da fia / Mineiro-pau, mineiro-pau
Perna de veia é cascuda / Mineiro-pau, mineiro-pau
E de moça é macia / Mineiro-pau, mineiro-pau
(Recolhido em manaus com d. Eneida)
Pau pereiro, pau pereiro / Mineiro-pau, mineiro-pau
Pau da minha opinião / Mineiro-pau, mineiro-pau
Pau fulora e cai / Mineiro-pau, mineiro-pau
Só o pau pereiro não / Mineiro-pau, mineiro-pau
(Site portal do sertão)
Obs.: Esse verso originalmente é cantado como manêro-pau
Eu atrepei na bananeira / Mineiro-pau, mineiro-pau
Pra pegar um urubu / Mineiro-pau, mineiro-pau
Foi tanta a força que eu fiz / Mineiro-pau, mineiro-pau
Rasguei a calça no joelho / Mineiro-pau, mineiro-pau
(Recolhido em manaus com d. Eneida)
Vou-me embora, vou-me embora, / Mineiro-pau, mineiro-pau
Segunda-feira que vem / Mineiro-pau, mineiro-pau
Quem não me conhece, chora, / Mineiro-pau, mineiro-pau
Que dirá quem me quer bem/ Mineiro-pau, mineiro-pau
Obs.: Esse verso originalmente é cantado como maneiro-pau
(CASCUDO, 1ª ED. 1954, P. 400)
–
Mineiro-Pau, Manêro-Pau
“Cantam quadrinhas, de qualquer motivo, intercalando cada verso com o estribilho: ‘Mineiro-pau! Mineiro-pau!’’ Idêntica na Paraíba e em Minas Gerais. No Ceará diz-se maneiro-pau, …” (CASCUDO, 2001, p. 384.).ok
Em algumas bibliografias referenda que, dependendo da região está como MINEIRO-PAU, em outras MANERO-PAU e também MANEJO O PAU. Deífilo Gurgel descreve Maneiro-Pau como:
“Variação de Coco-de-roda, na qual os dançarinos se apresentam vibrando pequenos bastões, simulando uma luta dois a dois, enquanto dançam. Na Paraíba é chamado de Coco-de-cacete. Nos grupos que assistimos, em Natal, não há acompanhamento para os cocos cantados. O ritmo das cantigas é marcado pelo entrechocar dos bastões.” (GURGEL, 1982, p. 24).
No Dicionário do Folclore Brasileiro está como:
“Mineiro-Pau – Antiga dança de roda, cantada e ritmada com palmas. Os dançarinos viravam-se para a direita e para a esquerda, com um leve cumprimento ao companheiro desse lado, ou fazendo menção de dar uma umbigada. Cantavam quadrinhas, intercalando o estribilho Mineiro-Pau! Mineiro-Pau! Repetido pelo coro. ”. (CASCUDO, 1ª ed. 1954, p. 400).
“Vou me embora; vou embora!
Mineiro-pau, mineiro-pau!
Segunda-feira que vem…
Mineiro-pau, mineiro-pau!
Quem não me conhece chora,
Mineiro-pau, mineiro-pau!
Que fará quem me quer bem!
Mineiro-pau, mineiro-pau!
Alteração pra ‘Maneiro-Pau’”. (Idem, 1ª ed. 1954, p. 400).
Rosilândia Melo de Alencar Maia, graduada em História e em Educação Física, no dia 30/10/2008, postou no site Portal do Sertão:
“Em alguns estados é conhecido como maneiro pau, mineiro pau ou manejo o pau. Na Paraíba, é conhecido como côco de cacete. Pio IX fica localizada no extremo leste piauiense, e avizinhada pelo estado do Ceará, tem forte influência daquele povo, tendo tido entre as primeiras famílias a habitarem essas terras algumas do cariri. A própria guerreira Bárbara de Alencar possuía casa de morada nos limites entre o Piauí e Ceará, na atual localidade denominada Alicrim, em Pio IX. As quadrilhas foram introduzidas em Pio IX por um cearense chamado João Alves de Oliveira, na década de 60. Não é a toa que se estuda hoje a chamada geografia humana, onde se pode delimitar as regiões por seus aspectos peculiares no que diz respeito também à sua cultura. Na região do cariri é comum a presença do Manêro Pau, estando relacionado o folguedo inclusive ao bando de Lampião. O que não podemos dizer que essa é uma manifestação cearense, mas tão somente que a diversidade cultural do Piauí é imensurável, pelas suas múltiplas influências nos seus variados espaços geográficos.
Alguns versos mais lembrados no Manêro-Pau:
O caminho de pio IX / Manêro-pau, manêro-pau
Vou mandar ladrilhar / Manêro-pau, manêro-pau
Com pedrinhas de mármore / Manêro-pau, manêro-pau
Pra o meu amor passar / Manêro-pau, manêro-pau
Eu subi serra de fogo / Manêro-pau, manêro-pau
Com alpercata de algodão / Manêro-pau, manêro-pau
A alpercata se queimou / Manêro-pau, manêro-pau
E eu desci de pé no chão / Manêro-pau, manêro-pau
Eu perdi uma espingarda / Manêro-pau, manêro-pau
Vim achar a cabo de ano / Manêro-pau, manêro-pau
No local da espoleta / Manêro-pau, manêro-pau
Tinha um ninho de seriema / Manêro-pau, manêro-pau
Na caixa da espoleta / Manêro-pau, manêro-pau
Tinha um ninho de lobisomem / Manêro-pau, manêro-pau
Uma cumbuca de ovos / Manêro-pau, manêro-pau
De mil e seiscentas galinhas / Manêro-pau, manêro-pau
Pau pereiro, pau pereiro / Manêro-pau, manêro-pau
Pau da minha opinião / Manêro-pau, manêro-pau
Todo pau fulora e cai / Manêro-pau, manêro-pau
Só o pau pereiro não
Manêro-pau, manêro-pau / Pau maneiro é jabotá
Manêro-pau, manêro-pau / Dê de lá que eu dou de cá
Manêro-pau, manêro-pau / Bata aqui meu companheiro
Manêro-pau, manêro-pau / Tá seguro pra danar
Manêro-pau, manêro-pau
Me atrepei na bananeira / Manêro-pau, manêro-pau
Me enrolei com o mangará / Manêro-pau, manêro-pau
Comi banana madura / Manêro-pau, manêro-pau
Até o gato miár / Manêro-pau, manêro-pau
Assubi de pau arriba / Manêro-pau, manêro-pau
Fui descansá na furquia / Manêro-pau, manêro-pau
Peguei na perna da véia / Manêro-pau, manêro-pau
Pensando que era da fia / Manêro-pau, manêro-pau
As moças de pio IX / Manêro-pau, manêro-pau
São bonitas pra danar / Manêro-pau, manêro-pau
Encontrando um namorado / Manêro-pau, manêro-pau
Pensa logo em se casá / Manêro-pau, manêro-pau
Nas roças de pio IX / Manêro-pau, manêro-pau
Dão cacete no croá / Manêro-pau, manêro-pau
Todo o povo do pau-ferro / Manêro-pau, manêro-pau
Passa a noite a trançar / Manêro-pau, manêro-pau
No sobrado tem tranceira / Manêro-pau, manêro-pau
Que faz corda e patuá / Manêro-pau, manêro-pau
Faz buanga e faz esteira / Manêro-pau, manêro-pau
Faz surrão pro ceará / Manêro-pau, manêro-pau
Vou-me embora,vou-me embora / Manêro-pau, manêro-pau
Segunda-feira que vem / Manêro-pau, manêro-pau
Quem não me conhece chora / Manêro-pau, manêro-pau
O que fará quem me quer bem? / Manêro-pau, manêro-pau
http://www.fnt.org.br/artigos.php?idpessoa=32
Acessado por Edinho Paraguassu dia 22/11/2010, às 13:47
Rosilandia Melo de Alencar Maia é graduada em História e em Educação Física.
Introdução: Felipe camoezi
Letra:
Shosholoza
Shosholoza
Kule … Zontaba
Stimela Siphume South Africa
Wen’uyabaleka
Wen’uyabaleka
Kule … Zontaba
Stimela Siphume South Africa
Shosholoza
Shosholoza
Kule … Zontaba
Stimela Siphume South Africa
Wen’uyabaleka
Wen’uyabaleka
Kule … Zontaba
Stimela Siphume South Africa
Acesse a aula completa por Daniel Fils Puig, no site: Portal do Professor
“Canto coletivo na África do Sul: “Tchotcholôsa”, um canto de trabalho”
(O prof. Daniel é simplesmente sensacional, desfrute de suas aulas).
Participações Especiais: Profas. Maria Antonieta e Sandra Elesbão.
Canto de agradecimento dos indios da aldeia Munduruku do interior do Pará (recolhida com as Profas. Maria Antonieta e Sandra Elesbão de Brasília/DF).
Ô MA MA DO Ô Ô
Ô MA MA DO Ô Ô
Ô IÉ IÉ PEDE MOIÉ
Ô IÉ IÉ PEDE MOIÉ
Ô Ô Ô IÉ IÉ PEDE MOIÉ
Ô Ô Ô IÉ IÉ PEDE MOIÉ
Ô IÉ IÉ PEDE MOIÉ
Ô IÉ IÉ PEDE MOIÉ
Ô IÉ IÉ PEDE MOIÉ
Ô IÉ IÉ PEDE MOIÉ
Ô Ô Ô IÉ IÉ PEDE MOIÉ
Ô Ô Ô IÉ IÉ PEDE MOIÉ
Ô MA MA DO Ô Ô
Ô MA MA DO Ô Ô
Ô IÉ IÉ PEDE MOIÉ
Ô IÉ IÉ PEDE MOIÉ
Ô Ô Ô IÉ IÉ PEDE MOIÉ
Ô Ô Ô IÉ IÉ PEDE MOIÉ
Ô IÉ IÉ PEDE MOIÉ
Ô IÉ IÉ PEDE MOIÉ
Ô IÉ IÉ PEDE MOIÉ
Ô IÉ IÉ PEDE MOIÉ
Ô Ô Ô IÉ IÉ PEDE MOIÉ
Ô Ô Ô IÉ IÉ PEDE MOIÉ
(A Dinâmica das estrofes é livre depois das duas primeiras estrofes e do refrão)
Participações Especiais:
Intérpretação: Ivete Nakabara e no Koto Profa. Yuko Ogura
Letra:
Haru ga kita
Haru ga kita, haru ga kita
Doko ni kita
Yama ni kita, sato ni kita
Noni mo kita
Hana ga saku, hana ga saku
Doko ni saku
Yama ni saku, sato ni saku
Noni mo saku
Tori ga naku tori ga naku
Doko de naku
Yama de naku, sato de naku
Node mo naku
Tradução:
É Primavera
É primavera, é primavera
Onde é primavera?
É na minha terra, é na montanha
No campo também
Flores se abrem flores se abrem
Onde elas se abrem?
É na minha terra, é na montanha
No campo também
Pássaros cantam, pássaros cantam
Onde eles cantam?
É na minha terra, é na montanha
No campo também
“A melodia é simples e a letra vai-se repetindo de forma acumulativa, conforme exemplo abaixo, recolhido em Olímpia, São Paulo, por José Santana, em 1965.”
(CASCUDO, 11ª ed. 2001, p. 108 e 109).
Letra:
Tava a moça em seu lugá / Veio a mosca lhe atentá (bis)
A mosca na moça / A moça namora
Eu não posso namorá
Tava a mosca em seu lugá / Veio a aranha lhe atentá (bis)
A aranha na mosca / A mosca na moça
A moça namora / Eu não posso namorá
Tava a aranha em seu lugá / Veio a barata lhe atentá (bis)
A barata na aranha / A aranha na mosca
A mosca na moça / A moça namora
Eu não posso namorá
Tava a barata em seu lugá / Veio o rato lhe atentá (bis)
O rato na barata / A barata na aranha
A aranha na mosca / A mosca na moça
A moça namora / Eu não posso namorá
Tava o rato em seu lugá / Veio o gato lhe atentá (bis)
O gato no rato / O rato na barata
A barata na aranha / A aranha na mosca
A mosca na moça / A moça namora
Eu não posso namorá
Tava o gato em seu lugá / Veio o cão lhe atentá (bis)
O cão no gato / O gato no rato
O rato na barata / A barata na aranha
A aranha na mosca / A mosca na moça
A moça namora / Eu não posso namorá
Tava o cão em seu lugá / Veio o lobo lhe atentá (bis)
O lobo no cão / O cão no gato
O gato no rato / O rato na barata
A barata na aranha / A aranha na mosca
A mosca na moça / A moça namora
Eu não posso namorá
Tava o lobo em seu lugá / Veio a onça lhe atentá (bis)
A onça no lobo / O lobo no cão
O cão no gato / O gato no rato
O rato na barata / A barata na aranha
A aranha na mosca / A mosca na moça
A moça namora / Eu não posso namorá
Tava o onça em seu lugá / Veio o véio lhe atentá (bis)
O véio na onça / A onça no lobo
O lobo no cão / O cão no gato
O gato no rato / O rato na barata
A barata na aranha / A aranha na mosca
A mosca na moça / A moça namora
Eu não posso namorá
Tava o véio em seu lugá / Veio a véia lhe atentá (bis)
A véia no véio / O véio na onça
A onça no lobo / O lobo no cão
O cão no gato / O gato no rato
O rato na barata / A barata na aranha
A aranha na mosca / A mosca na moça
A moça namora / Eu não posso namorá
Tava a véia em seu lugá / Veio a morte lhe atentá (bis)
A morte na velha / A véia no véio
O véio na onça / A onça no lobo
O lobo no cão / O cão no gato
O gato no rato / O rato na barata
A barata na aranha / A aranha na mosca
A mosca na moça / A moça namora
Eu não posso namorá
(Idem, 2001, p. 108 e 109)
A título de curiosidade, dada às datas de referências, tenho fé de que o canto a seguir deve ser a base de onde surgiu o anterior. Inclusive namora e namorá dever ter vindo de na moura. rs rs.
Transmitido a nós pelos portugueses, mas não de fonte vernácula, é o canto da Moura, ou que com este título figura nos repositórios brasileiros. Como se trata de uma poesia longa, por acumulação, que seria fastidioso repetir integralmente. Limitar-me-ei a citar-lhe a derradeira estrofe:
Estava o Homem
Em seu lugar,
Foi a morte,
Lhe fazer mal;
A morte no homem,
O homem na faca,
A faca no boi,
O boi na água,
A água no fogo,
O fogo no pau,
O pau no cachorro,
O cachorro no gato,
O gato no rato,
O rato na aranha,
A aranha na mosca,
A mosca na moura,
A moura fiava;
Coitada da moura,
Que tudo a ia
Inquietar!
Custa acreditar-se que haja em dita composição um fundo religioso, tão gaiata é na aparência. Entretanto, espero convencer-nos disso, recorrendo a um trecho de Edgard Tylor. Diz o grande etnógrafo britânico, em o t. I da CIVILIZAÇÃO PRIMITIVA:
‘É legítimo admitir que as tradições populares, quanto mais próximas de sua nascente, maior senso e elevação revelam. Alguns velhos poemas ou recitativos encerram uma verdadeira importância filosófica, ou religiosa, que se obscureceu ao passarem da boca das amas à das crianças. Baseando-nos em semelhantes casos, devemos considerar a versão séria como original e a recreativa como simples e tardia sobrevivência.
A asserção pode parecer temerária, mas merece ser estudada. Tomemos um exemplo: existem dois poemas que os judeus modernos conservam e que fizeram imprimir, em hebreu e inglês, no fim do livro que contém o ofício da Páscoa. Um é o Khad gadiá. Ele começa do teor: “Um cabrito, um cabrito, que meu pai comprou por duas moedas’; e refere em seguida como veio um gato e comeu o cabrito, como sobreveio um cão e mordeu o gato e assim até acabar. ‘Então, veio Aquele que é Santo (Benedito seja!) e matou o anjo da morte, que matou o magarefe, que matou boi, que bebeu a água, que apagou o fogo, que queimou o pau, que bateu no cão que mordeu o gato, que comeu o cabrito.
Essa composição, que se acha no SEPHER HAFFADAH, é considerada pelos judeus como uma parábola concernente ao passado e ao futuro da Terra Santa. Segundo tal interpretação, a Palestina, o cabrito, é devorada pela Babilônia, o gato; a Babilônia é vencida pela Pérsia, a Pérsia é vencida pela Grécia, a quem vence Roma. Depois, os turcos tornaram-se senhores da Terra Santa. Porém os Edômitas (como se disséssemos as nações da Europa) expulsarão os turcos, o anjo da morte destruirá os inimigos de Israel e seus filhos serão restabelecidos sob a lei de Moisés.’
Ora, o canto da Moura, do qual melhor conheceis talvez a variante em lenga-lenga: – Cadê o toucinho? – O gato comeu. – Cadê o gato? – Fugiu pro mato – Cadê o mato? – Fogo queimou – Cadê o fogo? – Água apagou, etc.; o canto da Moura, repito, é mutatis levemente mutandis, o que se depara no SEPHER HAGGADAH ou livro dos comentários tradicionais, e que o sr. Artur Levi me disse haver entoado em criança, no seio da família, pela Páscoa, canto cujo espírito alegórico, muito da raça semítica, já ficou patente.
Entre as contribuições indiretas de povos estranhos, o nosso folclore conta algumas não só de judeus, mas também de ciganos”. (Alberto Faria (1869-1925) Poesia popular no Brasil, in ANTOLOGIA DO FOLCLÓRE BRASILEIRO, CASCUDO, 1ª ed. 1944, 2ª ed. 1954, p. 473 e 474).
Esta parlenda, que aprendi com minha mãe D. Jesuína, e é semelhante a que está registrada no Dicionário do Folclore Brasileiro de Câmara Cascudo (1ª ed. 1954, p. 474.) e Folclore e Mudança Social na Cidade de São Paulo de Florestan Fernandes (1961, p. 241-244.).
Letra:
Parlenda
Cadê o toucinho daqui? O gato comeu
Cadê o gato? Foi caçar rato
Cadê o rato? Foi pro mato
Cadê o mato? O fogo queimou
Cadê o fogo? A água apagou
Cadê a água? O boi bebeu
Cadê o boi? Foi amassar trigo
Cadê o trigo? A galinha espalhou
Cadê a galinha? Foi botar ovo
Cadê o ovo? O padre bebeu
Cadê o padre? Foi rezar missa
Cadê a missa? Ta no altar
Cadê o altar? Ta na igreja
Cadê a igreja?
(bis)
É por aqui, é por aqui, é por aqui, é por aqui
É por aqui, é por aqui, é por aqui, é por aqui
Blululululululu… (termina fazendo cócegas na criança).
Participações Especiais:
Introdução: Piti, Teteu e Juju
Letra:
É, eu sou o Zé
E brinco com um monte de botões
Um dia meu pai falou
Cê tá ocupado?
Eu disse não
Então aperte esse botão
Participações Especiais:
Introdução: Pedro Henrique
Interpreteação: Edson Jr (Juninho)
Letra:
No meio da floresta
Tinha uma coruja
De dia ela dormia
De noite ela fazia…
Tchu tchu, tchu tchu
tchu tchu tchu tchu tchu tchu
Tchu tchu, tchu tchu
Tchu tchu tchu tchu tchu tchu
Sempre que ia iniciar os cursos ou palestras, surgia a dúvida, por onde começar? Recitava uma poesia, ou algo parecido; entrava cantando uma música, etc. Mas precisava de algo como uma reverência e ao mesmo tempo solicitar permissão para adentrar aquele espaço e apresentar o meu trabalho. Refletindo sobre como iria iniciar uma apresentação no FEST JOGOS (Festival de Jogos Cooperativos) que aconteceu em Curitiba/PR no dia 15/10/2008, no voo de ida escrevi as palavras abaixo para dar o pontapé inicial:
Letra:
Humanos aqui presentes
Licença eu vou pedir
Pra fazer umas brincadeiras
Se “ôces” me permitir
A conjugação verbal
Certa pode não estar
Mas esta foi a maneira
Que encontrei pra começar
Em nome dos anfitriões
Boas vindas vou lhes dar
E agora sem mais delongas
A brincadeira vai começar
Sejam bem vindos!
No final da década de 80 fiz um curso no ENAF em Poços de Caldas/MG e aprendi o brinquedo cantado PRA ENTRAR NA CASA DO ZÉ com o Prof. Paulinho Capixaba. O brinquedo abordava apenas aspectos motores e a sensação é que era de domínio público. Ao término do curso fiquei refletindo sobre o brinquedo e fiz algumas adaptações PRA ENTRAR NA BRINCADEIRA DO EDINHO inserindo uma abordagem mais sócio afetiva. Em novembro de 1995, Pedro Ivo e Rose Jarocki, da CIA do LAZER, organizaram o ENAREL – Encontro Nacional de Recreação e Lazer em Recife, e fui convidado a ministrar uma oficina. Eis que meu companheiro de quarto e também “oficineiro” foi o Prof. Bahia. Nos muitos dedos de prosa que tivemos, ele me presenteou com uma fita cassete de suas músicas. Ao ler a relação das músicas e me deparar com a Pra Entrar na Casa do Zé, perguntei sobre a música e ele informou que todas as músicas da fita eram de sua autoria. Aprendi muitas de suas músicas como sendo de domínio público, pois nem sempre quem as utiliza, por desconhecimento, esquecimento ou por lapso ético, referenda a fonte. Fiquei muito feliz por estar na presença daquele que considero o maior compositor de músicas pedagógicas do Brasil. Aqui vai a minha versão afetivo-motora.
(Voz: Edinho Paraguassu e Edson VJ)
Trecho da letra:
Edinho: Pra entrar na brincadeira do Edinho / É preciso bater os pezinhos
Crianças: Pra entrar na brincadeira do Edinho/ É preciso bater os pezinhos
Edinho: Bate os pezinhos
Crianças: tum tum tum (batendo os pés no chão)
Edinho: Pra que?
Crianças: Pra entrar na brincadeira do Edinho
Edinho: Le le leá, agora já pode brincar
Crianças: Le le leá, agora já pode brincar
…
Em toda minha atuação profissional, pouco atuei com atividades aquáticas, apenas no período de 1991 a 1996, quando diretor de esportes no E.C. Banespa na cidade de São Paulo, ministrava aulas de hidroginástica recreativa nos Projetos Verão Alegria: um pouco mais de energia em sua vida! Por esse motivo me atrevi fazer essa brincadeira cantada, e espero que as pessoas se divirtam com ela. É um frevo canção homenageando a rica fauna marinha.
(Participação Especial: Alan Hay no Cavaco e Violão 7 cordas)
Letra:
Tchibum, tchibum, chuá, chuá (Refrão)
A festa na piscina vai começar (bis)
Foram convidados o golfinho e a baleia / O caranguejo, o siri e a sereia
Foram recebidos, com muito carinho / O polvo, a foca e o cavalo marinho
Tchibum, tchibum, Chuá, chuá (Refrão)
A festa na piscina vai continuar (bis)
Tá todo mundo querendo brincar / Marisco, estrela e bolacha do mar
Atrapalhados, chegaram de mansinho / Pinguim imperador e o leão marinho
Tchibum, tchibum, Chuá, chuá (Refrão)
A festa na piscina vai continuar (bis)
Vieram também peixe elétrico e a enguia / Ficando a festa na maior energia
Não resistiram tubarão e a moreia / O parasita veio na boleia
Tchibum, tchibum, Chuá, chuá (Refrão)
A festa na piscina vai continuar (bis)
A raia gigante chegou com a tainha / E de penetras o camarão e a sardinha
E para o show, veio o peixe palhaço / Que com sucesso ocupou seu espaço
Tchibum, tchibum, Chuá, chuá (Refrão)
A festa na piscina vai continuar (bis)
E o grand finale foi espetacular / Fez na piscina todo mundo a dançar
Ouriço, água-viva e o baiacu / Fizeram a festa virar sururu
Tchibum, tchibum, chuá, chuá
Com o sururu a festa vai acabar
Tchibum, tchibum, chuá, chuá / Com o sururu a festa vai acabar
Com o sururu a festa vai acabar / Com o sururuuuuuuuuuuuuuuu
A festa vai acabar / Uhuuuuuuuul!
O lobo-guará é exclusivo do Cerrado, mas ocorre atualmente em áreas já desmatadas da Mata Atlântica, onde não ocorria originalmente. O mico-leão-dourado ocorre exclusivamente na Mata Atlântica brasileira. A ararinha-Azul desapareceu do seu habitat, a Caatinga brasileira, sendo considerada extinta desde o ano 2000.
Letra:
Lobo-Guaraaaaaá,
Mico-leão dourado { Bis
Ararinha-Azuuuuul
Se você não cuidar
O Brasil vai perder
Um patrimônio ecológico {Bis
Que o mundo quer ver
Ararinha cantar
Mico-leão se esconder
O uivo do lobo-guará {Bis
Todos vão escutar
Voz: Edson VJ e Edinho Paraguassu
Introdução: Camila Lima
Letra:
Passeando na Floresta, eu vi, eu vi,
Um bando de criança
Assim, assim, assim
Assim, assim, assim
Voz: Edinho Paraguassu e Edson VJ
Letra:
Caminhando movimento o pé direito
E o esquerdo pra poder me deslocar Bis
Caminhando movimento o pé esquerdo
E o direito pra poder me deslocar
Vamos dar uma voltinha
Pela amizade abraçar
E trocar de coleguinha
Para a dança continuar
Câmara Cascudo no Dicionário do Folclore Brasileiro (1954, p. 500.), descreve da seguinte maneira a Dança do Pézinho:
“Dança vulgarizada em Santa Catarina, onde deve ter chegado na sua variante açoriana, em que os pares fazem uma roda, de mãos dadas, e cantam adiantando o pé direito e tocando com o bico deste no chão, repetidas vezes (Renato Almeida, HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA, 171). Dança de roda infantil no Nordeste. Cantam, batendo com o bico do pé no chão, versos em quadrinhas, sendo obrigatório o refrão:
Bote aqui, bote aqui o seu pezinho,
Bote aqui, bote aqui, junto do meu;
No botar, no botar do seu pezinho,
Um abraço e um beijo lhe dou eu!
No entanto no Dicionário do Folclore Brasileiro, revisto, atualizado e ilustrado, Câmara Cascudo (2001, p. 513.) apresenta a seguinte referência:
1) Dança de adulto no Rio Grande do Sul, de influência açoriana, em que os pares fazem uma roda, de mãos dadas, e cantam. O tema do “pezinho” há muito desaparecido das festas gaúchas, foi reencontrado por Babosa Lessa e Paixão Cortes por volta de 1950, que a ele adaptaram a melodia, resultando nessa variante:
Ai bota aqui, ai bota ali
O teu pezinho (Bis)
O teu pezinho bem juntinho com o meu
E depois não vá dizer
Que você já me esqueceu
E no chegar desse teu corpo
Um abraço quero eu
Agora que estamos juntinhos
Dá cá um abraço e um beijinho
Voz: Edinho Paraguassu e Edson VJ
Letra:
Trula bilula, trula bilula
Trula bilula e tralalala
Lá longe aqui perto (bis)
Em cima e embaixo
Dentro e fora
Triste e alegre
Sorrindo e chorando
Solta e abraça
Solta e abraça e não solta mais
Voz: Edinho Paraguassu e Edson VJ
Letra:
Fiz um teste musical
Numa grande orquestra
Tinha piano, comecei a “pianar”
Piano, piano, piano cá
Piano, piano, piano lá (bis)
Fiz um teste musical
Numa grande orquestra
Tinha flauta
Comecei a flautear
Flauta, flauta, flauta cá
Flauta, flauta, flauta lá ( bis)
Fiz um teste musical
Numa grande orquestra
Tinha bumbo
Comecei a bumbuzar
Bumbo, bumbo, bumbo cá
Bumbo, bumbo, bumbo lá ( bis)
Fiz um teste musical
Numa grande orquestra
Tinha viola
Comecei a violar
Viola, viola, viola cá
Viola, viola, viola lá (bis)
Fiz um teste musical
Numa grande orquestra
Tinha prato
Comecei a pratear
Prato, prato, prato cá
Prato, prato, prato, lá (bis)
A orquestra esta formada
Vamos todos ensaiar (bis) Piano, piano, piano cá
Piano, piano, piano lá
Flauta, flauta, flauta cá
Flauta, flauta, flauta lá
Bumbo, bumbo, bumbo cá
Bumbo, bumbo, bumbo lá
Viola, viola, viola cá
Viola, viola, viola lá
Prato, prato, prato cá
Prato, prato, prato lá
Prato, prato, prato cá
Prato, prato, prato lá
Prato, prato, prato cá
Prato, prato, prato lá
Resolvi registrar o brinquedo cantado Vai Limãozinho por ser muito divertido e a molecada adorar a dinâmica, pois é muito utilizado em acampamentos, clubes e escolas. Aí, sem querer, excursionando por Cascudo, encontro a descrição de um canto de marcha muito parecido. Confira após a letra da música.
Introdução: Pedrinho Vitor e Alice Lima/Lili
Participação: Edinho Paraguassu e Edson VJ
Letra:
A cobra não tem pé / Não não
A cobra não tem mão / Não não
Então como ela sobe no pezinho de limão
Ela sobe / Ela desce / Ela tem o corpo mole
Então vai limãozinho / Vai
Vai limãozinho / Vai limãozinho / Vai
Vai limãozinho / Vai limãozinho / Vai
Vai limãozinho / Vai limãozinho / Vai
–
Coincidência ou tem relação? O importante é que as crianças apreciam a movimentação.
“I – Canto de marcha dos carregadores de Banguela (233)
A cobra não tem braços / Não tem pernas / Não tem mãos
E não tem pés / Como sobe ela?
E não subimos nós / Que temos braços
Temos pernas / Temos mãos” (CASCUDO, 1984, p. 155.).
Iria eu ficar sem fuçar a bibliografia donde CASCUDO retirou esse Canto de Marcha…, nem pensar, e aí está um pouco mais de informação, mera curiosidade.
“O Alto da serra tem uma altitude de 1615 m, ou eleva-se ao meu campo no Cambimbia de 137 m. Esta serra forma um planalto de vertentes bastante ásperas. A subida foi fatigante. Durante a subida eu (Serpa Pinto) animava os carregadores (negros de Benguela), que me respondiam cantando em ambundo uma cantiga monótona, cuja letra traduzida dizia assim:
“A cobra não tem braços, não tem pernas, não tem mãos e não tem pés. Como sobe ela? Por que não subiremos nós, que temos braços, temos pernas, temos mãos e temos pés?”
Segui por espaço de uma hora a cumeada da serra leste-oeste e depois encontrei a vertente de leste. No alto da serra há um esplêndido panorama de N. E. a N. O. Vê-se todo o curso do rio Cuango, afluente do Lungo-é-ungo pelo sul. Avista-se a bacia deste des Cangala até à confluência do Cuango, e bem assim as bacias superiores dos rios Cuito, Cuime e Cuiba. O golpe de vista é surpreendente. (SERPA PINTO, Edição s/d com texto integral contido na 1ª ed. 1881, p. 227.).
Introdução: Pedrinho Henrique Vitor
Participação: Edinho Paraguassu e Edson V.J.
Letra:
Tava de bota passeando numa boia
Tava joia, tava joia (coro)
Aí apareceu uma jiboia
Não ficou joia, não ficou joia (coro)
Aí eu bolei uma tramoia
Peguei um lenço e pus no zóio da jiboia
Agora que a jiboia já não zóia, ia, ia
Ficou joia, ia, ia, ficou joia, ia, ia (coro)
Introdução Felipe Nakabara (Piti)
Participação: Edinho Paraguassu e Edson VJ
Letra:
A Zefa é uma galinha
Charmosa inteligente
Vive ciscando pra frente
Vive ciscando pra trás
Bate suas asinhas
Mexe suas perninhas
Mas na hora de fazer (bis)
Cócócóricó não faz
Letra:
Eu tenho um marreco lá em casa / Que me ensinou a dançar
Um passinho pra cá / Um passinho pra lá
Um bamboleio / Um tcha, tcha, tcha – qüéim qüéim
Um tcha, tcha, tcha – qüéim qüéim
O meu marreco é bailarino / Ele dança iê-iê-iê
Um passinho pra cá / Um passinho pra lá
Um bamboleio / Um tche, tche, tche – qüéim qüéim
Um tche, tche, tche – qüéim qüéim
Esse marreco é sambista / Sai lá na Sapucaí
Um passinho pra cá / Um passinho pra lá
Um bamboleio / Um tchi, tchi, tchi – qüéim qüéim
Um tchi, tchi, tchi – qüéim qüéim
Eta marreco exibido / Ele gosta de forró
Um passinho pra cá / Um passinho pra lá
Um bamboleio / Um tchó, tchó, tchó – qüéim qüéim
Um tchó, tchó, tchó – qüéim qüéim
Este marreco é esperto / Sabe até dançar lundu
Um passinho pra cá / Um passinho pra lá
Um bamboleio / Um tchu, tchu, tchu – qüéim qüéim
Um tchu, tchu, tcuu – qüéim qüéim
Já que o marreco ensinou / Vamos todos demonstrar
Um passinho pra cá / Um passinho pra lá
Um bamboleio / Um tcha tcha tcha, qüeim, qüeim
Um tche tche tche, qüeim, qüeim / Um tchi tchi tchi, qüeim, qüeim
Um tchó tchó tchó, qüeim, qüeim / Um tchu tchu tchu, qüeim, qüeim
Tcha tcha tcha, tche tche tche, ti ti ti, tchó tchó tchó, tchu tchu tchu, qüeim, qüeim
Links para pesquisa:
• Chá-chá-chá
• Iê-Iê-Iê
• Ti Ti Ti – Samba-Enredo 1987 – O Tititi do Sapoti
• Danças Típicas – Forró
• Lundu
Participação Especial: Ivete Nakabara e Camila Lima/Txa Txa
Letra:
Kaeru no utaga
Kikoete kuruyo
Kwa kwa kwa kwa
Kero kero kero kero
Kwa kwa kwa
Kaeru no utaga
Kikoete kuruyo
Kwa kwa kwa kwa
Kero kero kero kero
Kwa kwa kwa
Essa música aprendi com minha sobrinha Camila, como Mia Gato e adaptei para outros animais.
Introdução: Camila Lima (TxaTxa) e Felipe Nakabara(Piti)
Letra:
Senhor caçador / Preste bem atenção
Não vai se enganar / Quando o gato miar
Mia gato mia / Miau, miau, miau
Senhor caçador / Preste bem atenção
Não vai se enganar / Quando o pato grasnar
Grasna pato grasna / Queim, queim, queim
Senhor caçador / Preste bem atenção
Não vai se enganar / Quando o burro zurrar
Zurra burro zurra / Íon, íon, ion
Senhor caçador / Preste bem atenção
Não vai se enganar / Quando o sapo coaxar
Coaxa sapo coaxa / Rabit, rabit, rabit
Senhor caçador / Preste bem atenção
Não vai se enganar / Quando a ovelha berrar
Berra ovelha berra / Béeee, beeee, beeee.
Senhor caçador / Preste bem atenção
Não vai se enganar / Quando o lobo uivar
Uiva lobo uiva / Auuuu, auuuu, auuuu
Senhor caçador / Preste bem atenção
Não vai se enganar / Quando o galo cantar
Canta galo canta / Cocoó có, cocoó có, cocoó có
Senhor caçador / Preste bem atenção
Os bichos cantando / Deram o tom da canção! (bis)
Introdução: Camila Lima (Txá Txá)
Participação: Camila Lima (Txa Txa) / Edson Jr / Edinho Paraguassu
Letra:
Hoje é domingo
Pede cachimbo
O cachimbo é de barro
Bate no jarro
O jarro é de ouro
Bate no touro
O touro é valente
Bate na gente
A gente é fraco
Cai no buraco
O buraco é fundo (bis)
Acabou-se um mundo
Introdução: Alíce Lima (Lili), Camila Lima (Txa Txa), Edson JR
Participações: Camila Lima, Paula Lima, Edson Jr, Renata Vitor e Alice Lima
Letra:
Batata quente, quente, quente queimou
Batata quente, quente, quente queimou
Batata quente, quente, quente queimou
Batata quente, quente, quente queimooou
Quem a batata queimou
Vai pra roda e diga
Do que mais gostooou
Quem a batata queimou
Vai pra roda e diga (bis)
Do que mais gostou
Batata quente, quente, quente queimou
Batata quente, quente, quente queimou
Batata quente, quente, quente queimou
Batata quente, quente, quente queimooou
Quem a batata queimou
Vai pra roda e diga
Do que mais gostooou
Quem a batata queimou
Vai pra roda e diga
Do que mais gostou
Introdução: Alice Lima (Lili)
Participação: Camila, Renata, Edson VJ, Paula, Alice
Letra:
Lá vai o crocodilo
Orangotango
As duas serpentinhas
A águia real
O gato
O rato
Não faltou ninguém
Só não vimos os dois pequineses
Saci Pererê, vídeoclipe da música do professor Edinho Paraguassu, dedicado às professoras de educação infantil, às escolas de educação infantil e ensino fundamental e a todas as crianças do planeta Terra. Uma lenda genuinamente brasileira. Uma homenagem a um dos maiores representantes do folclores do Brasil. Confira o vídeo feito de forma lúdica e carinhosa
Natural de Paraguaçu Paulista – SP, Edinho é conhecido nacionalmente e internacionalmente nas áreas da educação, animação sociocultural, recreação e lazer. Pós graduado em Animação Sociocultural/FESP, Voleibol/USP, Recreação/FEFISA, Futebol/FEFISA e Ginástica de Academia/FEFISA. Aluno Especial na área de estudos do lazer/UNICAMP. Autor do CD BRINQUEDO: Rodas, Brincadeiras e Danças Circulares Recreativas, e do CD BRINCAR: Literatura Oral. Lançará em 2020 o CD BRINCADEIRAS CANTADAS: Brincando de música e o livro BRINQUEDO: Remendos de Curiosidade. Ministrou mais de 1.500 palestras/cursos/oficinas em cidades de 24 estados brasileiros, em Universidades Estaduais, Federais e Privadas, em Secretarias de Educação em Escolas e nos grandes Congressos e Encontros das áreas que atua. Também teve a oportunidade de compartilhar seus saberes com muito sabor em Coimbra, Montemor-o-Velho e Vila Nova de Famalicão (Portugal) e Assunción (Paraguai).
Saudações lúdicas! Será um prazer prosear com você sobre educação, animação sociocultural, recreação e lazer. Valorize a arte, adquira o CD ou faça o download. Que tal agendar algum evento comigo? Quer saber mais sobre algumas de minhas produções? Preencha o formulário ao lado, ou entre em contato por alguma das formas abaixo: